Como implantar a medição individualizada de água e gás em condomínios antigos

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Introdução

Muitos síndicos e administradores acreditam que a medição individualizada de água e gás é viável apenas em condomínios novos — mas isso é um mito.
Com o avanço das tecnologias de medição e comunicação, hoje é totalmente possível adaptar sistemas já existentes e transformar prédios antigos em empreendimentos modernos, sustentáveis e economicamente mais eficientes.

A individualização é uma solução que traz justiça na cobrança, reduz desperdícios e aumenta o valor do imóvel, mesmo em edificações com décadas de uso.


Entendendo o desafio dos condomínios antigos

Em edifícios mais antigos, a principal dificuldade está na estrutura hidráulica e de gás.
Como muitos foram projetados antes da obrigatoriedade da Lei 13.312/2016, as prumadas (colunas de abastecimento) geralmente não foram pensadas para medições individuais.

Por isso, o primeiro passo é entender como o sistema está distribuído e identificar possíveis adaptações.
Hoje, há tecnologias que permitem individualizar o consumo sem grandes obras, utilizando medidores compactos e módulos de leitura remota que se adaptam aos pontos existentes.


Etapa 1 – Estudo de viabilidade técnica

Antes de qualquer instalação, é essencial realizar um estudo técnico detalhado.
Nessa fase, uma equipe especializada faz o levantamento completo das tubulações, prumadas e pontos de entrada de água e gás de cada unidade.

O objetivo é identificar qual tipo de solução é mais adequada:

  • Instalação direta dos medidores no barrilete;
  • Adaptação dos ramais para acesso aos apartamentos;
  • Uso de módulos de radiofrequência para leitura remota, evitando obras invasivas;
  • Planejamento de infraestrutura para o sistema de comunicação com o concentrador (gateway).

Com base nesse diagnóstico, é elaborado o projeto executivo e o orçamento estimado para implantação.


Etapa 2 – Escolha da tecnologia e dos equipamentos

A tecnologia é o coração da medição individualizada de água e gás.
Para condomínios antigos, é importante escolher sistemas que combinem precisão, baixo consumo de energia e comunicação confiável.

Entre as opções mais modernas estão:

  • Hidrômetros e medidores de gás certificados pelo Inmetro, de fácil acoplamento;
  • Módulos de radiofrequência wM-Bus, LoRaWAN ou NB-IoT, que enviam os dados de forma automática;
  • Concentradores inteligentes (como o LegitFix), que recebem e processam os telegramas de medição em tempo real;
  • Plataformas de gestão online, como a seuConsumo, que permitem o acompanhamento do consumo, emissão de relatórios e notificações automáticas de vazamentos.

Essas tecnologias permitem instalar o sistema com mínima interferência na estrutura original, sem a necessidade de grandes reformas.


Etapa 3 – Aprovação em assembleia e comunicação com os moradores

Por se tratar de uma intervenção que afeta o uso coletivo, a implantação da medição individualizada deve ser aprovada em assembleia condominial.
É importante que o síndico apresente:

  • O diagnóstico técnico e o custo estimado;
  • Os benefícios econômicos e ambientais esperados;
  • O prazo de retorno sobre o investimento (payback), que costuma variar entre 12 e 24 meses.

Além disso, a comunicação com os moradores é essencial.
Explicar como o sistema funciona, como as leituras serão feitas e como isso impactará na cobrança mensal é fundamental para garantir adesão e transparência.


Etapa 4 – Instalação e configuração do sistema

Após a aprovação, inicia-se a fase prática da instalação.
O processo normalmente inclui:

  1. Instalação dos hidrômetros e medidores de gás individuais;
  2. Acoplamento dos módulos de telemetria;
  3. Configuração do concentrador (gateway) e integração com a plataforma de gestão;
  4. Testes de leitura, calibração e certificação do sistema.

A equipe técnica também realiza treinamentos com o síndico e o corpo administrativo, garantindo que todos saibam acessar os relatórios e acompanhar o funcionamento do sistema.


Etapa 5 – Monitoramento e manutenção preventiva

Depois de implantado, o sistema requer apenas manutenções preventivas simples e acompanhamento via software.
As leituras passam a ser automáticas, e eventuais anomalias — como consumo fora do padrão ou ausência de leitura — são detectadas instantaneamente.

A manutenção preventiva inclui:

  • Verificação periódica dos medidores;
  • Atualização de firmware dos módulos e concentradores;
  • Revisão da comunicação e integridade dos dados.

Com isso, o condomínio mantém alta precisão nas medições e evita prejuízos por falhas técnicas.


Benefícios após a implantação

Os resultados são rapidamente perceptíveis:

  • Redução média de 30% a 40% no consumo de água e gás;
  • Cobrança justa, com base no consumo real de cada unidade;
  • Eliminação de conflitos entre moradores;
  • Aumento da transparência e da confiança na gestão;
  • Valorização do imóvel e adequação às boas práticas de sustentabilidade.

Além disso, condomínios que adotam a medição individualizada passam a contribuir efetivamente para metas ambientais e ESG, destacando-se como empreendimentos modernos e responsáveis.


Conclusão

Implantar a medição individualizada de água e gás em condomínios antigos é uma decisão estratégica que alia tecnologia, economia e sustentabilidade.
Com um bom planejamento técnico e uma comunicação transparente com os moradores, é possível modernizar o condomínio sem grandes obras e obter retorno rápido sobre o investimento.

Mais do que reduzir custos, a individualização representa uma nova forma de gestão: eficiente, justa e ambientalmente responsável.

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