Nesta semana, tomamos conhecimento de uma matéria veiculada no Jornal O TEMPO em 7 de julho de 2023, com o título: “BH desperdiça quase dez lagoas da Pampulha por ano de água tratada.” Segundo o conteúdo, Belo Horizonte perde aproximadamente 40% do volume total de água distribuído anualmente para a capital. Em 2022, a Copasa registrou a distribuição de 237,4 milhões de m³ para a cidade, o que implica em um desperdício anual de cerca de 94,9 milhões de m³, equivalente a quase dez lagoas da Pampulha. A matéria destaca as perdas aparentes, relacionadas ao consumo não contabilizado de água pelo usuário, seja por ligações clandestinas ou problemas de medição, além das perdas reais, quando ocorrem vazamentos que impedem o fornecimento ao consumidor.
O volume significativo de desperdício é preocupante e merece atenção rigorosa da Copasa. Vale ressaltar que essa problemática não é exclusiva dessa companhia, havendo casos em que as perdas chegam a 80%. Todos sofremos as consequências dessas perdas, já que as empresas, para manterem sua saúde financeira, incorporam os custos decorrentes no preço do metro cúbico, impactando toda a sociedade.
É fato que nossa capacidade de influenciar as perdas nas redes de saneamento é limitada; no máximo, podemos relatar ligações clandestinas e cobrar ações mais ágeis por parte das empresas. Contudo, se ocorrem perdas dessa magnitude nas redes das companhias, que contam com departamentos especializados em detecção de perdas, por que não considerar a possibilidade de existirem perdas com proporções semelhantes em nossos condomínios e residências?
Desafio e Oportunidade: seuConsumo em ação.
Surpreendentemente, após individualizar o consumo de água em condomínios, observa-se uma redução média de 30%, podendo chegar a 60% em alguns casos, em razão de eliminação dos vazamentos frequentes nos vasos sanitários. Conclui-se, portanto, que o consumo ineficiente dentro de nossas residências tem o potencial de causar um impacto ambiental comparável às perdas das companhias de saneamento. A única diferença está no fato de que o impacto ambiental gerado em nossas casas não resulta em prejuízos financeiros para as empresas de saneamento, o que explica a falta de atenção adequada por parte dos meios de comunicação.
Durante os quase 20 anos de atuação no mercado de gestão do consumo de água em condomínios, na seuConsumo, aprendemos que o consumo está intimamente relacionado aos hábitos das pessoas. Cientes de que ninguém considera seus hábitos inadequados, continuamos a cumprir nossa missão de liderar uma revolução na forma como as pessoas interagem com a água, por meio do desenvolvimento de tecnologia de medição.
Acreditamos que apenas o que pode ser medido pode ser melhorado, por isso, conte com a seuConsumo para aumentar a eficiência do seu consumo de água e reduzir seu impacto ambiental.